Além disso, os empreendedores de projetos que têm a eles vinculados financiamentos com agentes signatários dos denominados Princípios do Equador, assim como empresas de capital aberto, passaram obrigatoriamente a ter de incorporar diretrizes e práticas emanadas de instrumentos internacionais voltados à garantia da efetiva sustentabilidade dos investimentos.Não por acaso, os Princípios do Equador são um poderoso benchmark dos agentes financeiros para determinar, avaliar e gerenciar riscos sociais e ambientais nos projetos, de forma estruturada e segundo uma base de informações em constante atualização ao longo da vida do negócio.
Na realidade, esse amplo arcabouço de diretrizes, melhores práticas, instrumentos e benchmarks internacionais – que hoje constitui o pano de fundo para o “habitat corporativo e de investimentos” -, emana, ao fim e ao cabo, dos tão propalados Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), que surgiram durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável Rio+20, ocorrida em 2012. Os ODS traduzem-se em um conjunto de 17 objetivos, 169 metas e 244 indicadores interconectados.
Em termos gerais, pode-se considerar que a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e os ODS oferecem um potencial para transformar as abordagens dominantes dos desafios econômicos sociais e ambientais, com a preocupação de se criar e implantar uma agenda integrativa que inclua a sustentabilidade ambiental e as preocupações sociais com a meta maior da erradicação da pobreza. E a real colocação em prática dessa agenda é deixada para o pensamento criativo e implementação por um conjunto cada vez mais diversificado de atores.
É nesse amplo conjunto de stakeholders e suas práticas que se inclui, por exemplo, a Global Reporting Initiative (GRI). A GRI tem o objetivo de divulgar às partes interessadas (internas e externas) o desempenho de organizações, considerando os impactos socioambientais e as medidas sustentáveis presentes nas operações das empresas, avaliando oportunidades e riscos negativos, e direcionando um Planejamento Estratégico (a curto, médio e longo prazos) aderente à realidade do território no qual o negócio se insere, reportando esses resultados com a devida transparência. |